Círculos de sonhos que unem pelo sentir aqueles que tem algo a construir juntos. Todos os sonhos devem caber dentro desse círculo, e dele vai nascer um novo sonho, coletivo. Do sonho, junto, se realiza, com muita potência. No Percurso AU Taioca, seis projetos poderosos nasceram, todos relacionados à prática de agricultura urbana, mas cada um com um propósito próprio, e estão agora acontecendo na vida real.
Continue reading Sonhos de agricultura urbana se tornando realidades
Produtos naturais são fáceis de fazer, não prejudicam a saúde, nos tornam novamente autossuficientes, e seu uso resgata conhecimento perdido nas últimas décadas de modernização
Você já parou pra pensar quando foi que passamos a precisar de xampus, condicionador, pasta de dente, sabão em pó, detergente etc? Como, por exemplo, os povos indígenas até hoje têm cabelos super saudáveis e bonitos sem usar qualquer um desses produtos? Por que estamos tão desacostumados com o nosso cheiro? Qual a natureza do nosso corpo?
Continue reading Que higiene e cuidado nosso corpo realmente precisa?
A partir da da metodologia Dragon Dreaming, baseada na cultura aborígena da Austrália, na ecologia profunda e sistemas integrados, os multiplicadores do Percurso de Agricultura Urbana foram convidados a mergulhar no mundo dos sonhos. Daí, brotaram à realidade sonhos que se tornaram coletivos e agora estão sendo colocados em prática
Entre os desafios encarados no Percurso de Agricultura Urbana de Santo André, propostos como forma de organizar as necessidades da horta comunitária e a criação espontânea dos multiplicadores, está o desafio da comunidade de aprendizagem: como potencializar ainda mais o conhecimento que está sendo passado pelos educadores?como contribuir pro aprendizado do grupo e da comunidade?
Abaixo, o resultado de uma experimentação feita por dois multiplicadores-agricultores do grupo. Um mapa mental, com história e características da Agroecologia e da Agricultura Urbana, que permite ter um bom panorama de contexto pra começar a mergulhar na arte de trabalhar com a natureza.
Gotas de fluidez água viva, preparada de conexão com o cosmo, guardada no tempo da terra, e dinamizada de vida, com movimento do universo em sua criação
Com ensinamento e orientação da educadora Joice Reis, fizemos para molhar e alimentar os berços agroflorestais um preparado biodinâmico, da prática da agricultura biodinâmica, chamado de preparado chifre-esterco. Um fluxo de energia criadora e sustentadora, que inicia da própria natureza.
Tudo começa com o preparado em si, a mistura, feita a partir de esterco fresco de vacas colocado em chifres de vacas, enterrado durante o inverno repousando até a primavera quando então é desenterrado e a terra de dentro dele retirada novamente. No chifre é guardado porque é o principal órgão sensorial desse animal. E o momento ideal é no inverno pois é quando a energia do universo fica concentrada, hibernando, esperando; e retirado na primavera, quando a “Terra se abre para o Cosmo e inspira”.
Também é importante a escolha do local onde se enterra o preparado. Segundo Deborah Beniacar, da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, “o melhor seria um solo de lavoura bem estruturado rico em matéria orgânica onde não há árvores ao redor, pois algumas vezes quando ele é desenterrado já não há mais esterco dentro dos chifres, mas só raízes”.
Continue reading Agricultura Biodinâmica: rega de energia sutil
Apenas alguns poucos, espontaneamente se juntaram para debulhar o feijão, quando os berços agroflorestais já quase prontos, quentinhos aos braços úmidos da mãe-bananeira. Em pequeno momento, com o abrir das vagens, o feijão mostrava suas belas diferenciações, encantando de ser semente criola. Ao som de um tambor novato, nasceu a vontade de benzer a primeira transformação na praça. Diz que basta um sopro particular de intenção e a semente produz um alimento de cura precisa pro corpo desse ar. Feito isso, os feijões escaparam das mãos, levados de esparramo por cima dos berços. Foi de benção e adubo verde o Feijão Orelha de Padre.
Popularmente conhecido como Orelha de Padre, Lab Lab, a planta Lablab purpureus é originária da África, já foi livremente espalhada pelo Brasil e hoje em resistência aos venenos. A semente marrom, às vezes de veias vermelhas, tem uma borda branca, como se fosse um canto de orelha, e produz flores brancas ou violetas. Nasce em qualquer terra e sobe em qualquer cerquinha, conta a Neide, do blog Come-se, onde nutre abundância com saborosos escritos. Lá ela detalha as diferentes cores da colheita e dos pratos, que podem ser preparados desde vagens verdes até secas.
A agrofloresta cria sistema natural e dinâmico. Especies em relação se sustentam e nutrem vida diversa. As plantas tem autonomia e o humano também
A atmosfera tem origem e cor, holografia, em todas as partes de lugares. Primeiro o solo, que concretando formam, se rocha sem fim, acúmulo, e um pode ser montanha. A chuva, que passa, fica, enche e carrega tudo, os micro e pequenos seres para novos chãos. Uma caída, e inicia o eterno do movimento fluído água – viva. Peixes ficam suas moradas, e plantas ganham sol. Gramíneas, arbustos, árvores. Interações infinitas e a vida diversa idade.
Biomas, ecossistemas, sucessões ecológicas. Sequência de comunidades vivas, mudanças ordenadas e graduais. É preciso perturbação, dificuldade, tolerância, reação, em silencioso e paciente tempo. Pioneira; secundária… No clímax, harmonia ambiente, estabilidade ápice.
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A janela da vida e seus fenômenos
Pelo painel em velcro, a formação da vida é mostrada aos aprendizes de agricultura urbana. Para provocar natureza, normalmente sementes diversas jogadas ao solo, e só: ela que faz. Para a praça, em explosão de transformação, é preciso processo acelerado. Uma espécie de cada ecotipo, plantas companheiras, e o microssistema agroecológico é criado, em berços que acolhem o choque. Biomassa nutre, adubo verde sustenta, mãe bananeira guarda. Meses, anos, diferentes tempos de brotamento e renascimento, comida viva, a natureza diz o que precisa, a praça vai ver.
CdT Taioca 